À espera dos bárbaros
segunda-feira, dezembro 20, 2004
  Mário Cláudio
Acabei de ouvir a entrevista/conversa de Francisco José Viegas com Mário Cláudio na RTP.
Tenho menos fé do que ele nas «minorias espectaculares», não que negue a sua existência, mas porque também elas tendem a deleitar-se na sua própria espectacularidade, e, de uma penada, instalam-se, institucionalizam-se como minoritários de serviço (sobretudo no campo da cultura, mas não só). O que não quer dizer que não seja bom que existam, embora muitas vezes também lhes «falte mundo». Prefiro, porém, as «minorias discretas», dos que abrem o seu caminho sem alarde. São quase sempre as mais importantes. Como, aliás, é o caso de Mário Cláudio.
Além disso, mesmo confiando nessas «minorias espectaculares», o grau de «civilização» ou de «avanço» de uma sociedade estará na qualidade da grande massa da qual se destacam as ditas minorias. Qualquer pessoa, mais ligada à ciência, o dirá. E essa é a grande questão.
Estes são aspectos que mais conversaria com o escritor, no sentido em que converso mais para saber o que penso do que para persuadir. De resto, Mário Cláudio é de uma inteligência serena e clara, cada vez mais rara entre nós.
 
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